sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sinceramente, hoje eu estava desejando a morte. Desejando a minha morte. Tem dias que não nos damos conta do que realmente queremos, do que realmente somos, para que de fato existimos. Hoje eu acordei bem, levantei bem, tive um dia quase perfeito... Mas é só chegar o final do dia que logo vem a minha cabeça uma lista de questionamentos aos quais não sei responder. Não, eu não sei responder nenhum deles. Procuro em cada canto da casa, com os olhos cheio de lágrimas, sentindo as batidas precisas do meu coração, sentindo o sangue pulsar em minhas veias como se cada parte do meu corpo tivesse o intuito de se transformar em diminutas partículas as quais eu jamais me reitegraria. Hoje eu queria ser o fim da linha, o ponto de chegada - ou melhor, o ponto de partida; hoje eu queria ser o finito do infinito. Que os incessáveis soluços do meu choro ecoassem na imensidão desse céu sem fim e que esse mesmo céu me levasse para longe... para muito longe de toda essa verdade bem lavada. Todos os dias da minha vida e penso na minha morte. Não sei se isso seria normal, mas é assim que acontece. Eu tento planejar tudo; a dor descompensada, o ar já intragável aos pulmões, o último suspiro e, com toda redundância, finalmente o fim.

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