sexta-feira, 29 de abril de 2011

Às vezes eu penso que eu posso morrer com esse nó, ele me faz tão mal. O nó me sufoca, me deprime, me arranca a alegria, suga as minhas forças, acelera o meu coração que bate desritmado e descompassado, aperta a minha garganta, rouba a minha voz, tira a firmeza dos meus passos, me rouba o sentido da vida. Ele me faz lamentar por todas as vezes que eu estive aqui, sempre no mesmo lugar à sua espera. Eu permanecia intacta, confiante e segura de que você viria ao meu encontro sem ao menos hesitar. Me enganei por todas as vezes que estive aqui, mas nunca faltei a nenhum dos nossos encontros porque você falou por todas as vezes que nunca me deixaria só. Tive ilusões durante todas essas vezes, durante todo esse tempo, mas eu nunca duvidei da sua palavra; eu sorria ao imaginar a sua chegada, eu tremia ao sentir o brisa fria que beijava a minha face, eu chorava em algum momento de desespero, e então sorria em um mero mometo de loucura. Eu sentia você ali, sim! Eu sei que você estava ali. No vazio da escuridão, as minhas pupilas dilatadas tentavam localizar a sua imagem; a minha voz se diluía no imenso vácuo, eu queria correr, queria fugir para bem longe daquele lugar que havia se tornado sombrio e nefasto, queria gritar e pedir ajuda, queria acordar para a realidade e para sempre despertar desse sonho ruim que só não era pesadelo porque você estava lá.

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